31 de dezembro de 2010

2010

[taizé'08]


nestes dias em que toda a gente faz balanço do seu ano, eu não sou diferente.


2010 não foi de todo o meu ano. foi o ano das traições e descofianças. cenas muito idênticas de pessoas muito diferentes e que nem se conhecem. com que raio de gente me ando eu a dar?


os amigos vão estando, assim como a família, meu porto seguro. trabalho e saúde com fartura (só agora nestes dias tinha de me dar uma constipação de me deixar atordoada dia e noite :S, mas aguenta-se), e 'só' por isto tudo foi um ano bonzinho e claro que fico grata por tudo o que tenho, na realidade.


cumpri um objectivo: santiago de compostela a pé
mais uma grande viagem sozinha: moçambique
o adeus a uma das mulheres da minha vida: avó branca
5 casamentos de pessoas que me são muito e que merecem mesmo ser felizes
a busca de casa, o encontro imediato, a falta de verba... fica adiado
uma inspiração: o filme 'into the wild'
um outro olhar sobre a minha pessoa
alguns arrufos, algumas alegrias
...

para 2011 quero sobretudo paz e sorrisos (ok ok, e tudo o que tenho tido de bom). apenas e só, tudo o que vier por acréscimo é lucro.



que assim seja com cada um de vós também.

29 de dezembro de 2010

pois é pois é

açores'08



sarah: porque é que não diz nada? uma coisa... para me fazer sentir melhor.


doctor: não há modo mais curto, sarah. na vida ou no amor, a dor deve ser sentida. as alternativas são piores. é isso que nos faz especiais, que nos faz bonitos, que nos faz de valor. a dor com que amamos. mas essa dor é acompanhada de algo mais, não é? a esperança. com a tua dor há esperança, e é o caminho onde tu estás. algum lugar entre a agonia, o optimismo e a reza. tu és humana, tu estás viva, e é isso tudo o que temos.

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brothers & sisters's1-ep15

28 de dezembro de 2010

Hope There's Someone

gostei


Continuo a pensar na frase de um amigo que dizia que o desencontro vai ser a principal causa de morte neste século. Tenho-a repetido. Trocado. Dado. É importante que a ouçam ou que a leiam antes de serem apanhados pela ausência.Este texto é capaz de saber a bacalhau cozido no Dia de Natal. Ora o Dia de Natal é dia de carnes tostadas, não do fiel bacalhau. Este desconsolo que momentaneamente vos trago é quase como aquele sádico «o que arde cura».
Sim, este texto, que pode ser dorido, também pode servir para nos fazer ir ao encontro. Ir ao encontro «é uma canseira», pensa o trintão com a comida pronta no braço do sofá. Ir ao encontro «para me desiludir de novo?», pergunta a divorciada, entupida em séries de TV que nunca foram reais. As pessoas não vão nem pelos seus dedos nem pelos seus meios. As pessoas ficam sozinhas para não se chatearem (mirrando devagarinho).
Se este texto for a espinha do bacalhau que não se queria, então vamos usá-la para prender um post algures. Usem esta espinha para se lembrarem de ir à vida que o norte é certo (prefiro esta versão).
Vem aí o início de um novo ano, aquela altura em que nos iludimos durante dias, para depois levarmos 11 meses de negação. Esperem, estou a ser injusta: ali junto a Julho/Agosto a ilusão volta com o tempo livre das férias e a nação valente a pensar que tem de mudar... mas normalmente são assuntos de cartão de crédito ou ginásio. Pouco mais há de importante na cabeça de todos nós.
Vamos ao desencontro, essa praga silenciosa que nos exterminará lentamente mas ainda assim sem que nenhum cientista revele a tempo o antídoto eficaz. A haver uma descoberta, isso quereria dizer que todos nos tínhamos rendido ao amor e, como sabemos, isso é impossível. O amor só existe nos outros. Para os outros. O amor é uma espécie de doença que já não estamos à espera de que venha ter connosco. E dizemos que sim, que sonhamos com isso, que tudo o que queríamos na vida era amar e ser amados, mas no fundo, tretas.
Entre abandonar o prato meio cheio no braço do sofá e ir ouvir as queixas de uma alma sofrida, mais vale a pele do sofá.O que acontecerá a uma civilização que deixe de amar? Porque para procriar (como sabemos e como tantas vezes foi acontecendo) não é preciso amar. Só ter a intenção e ser bem sucedido. No amor também precisamos de ambos, mas o amor é algo maior do que nós. É uma espécie de dom que usamos mal (ou não usamos de todo). Uma civilização que deixe de amar tornar-se-á apática? Deixará de ter filmes e livros e canções bonitas? Rejeitaremos os abraços ou nem sequer reconheceremos um?
Enquanto faço ficção científica penso como o amor é uma linguagem que nos deu identidade. Porque há quem viva sem ele, mas esses diluem-se na mancha grande. São pouco notados na sua indiferença. A indiferença vem de não se querer o amor. Porque os que estão sozinhos à força ainda têm braços que agarram - mesmo que já não se lembrem da última vez...
Agora que as carnes tostadas vos acamaram o estômago (depois do fiel amigo), antes de pensarem que têm de emagrecer ou mudar a cor do cabelo, antes de pensarem em carro novo ou na próxima viagem low cost, pensem no desencontro. Pensem que 2011, mesmo sendo um ano ímpar, merece um par. O vosso. E que esse rabo (neste momento ainda maior) merece um encosto diferente do sofá. Ponham-se finos. Saiam de casa, estendam os braços e promovam o encontro. Há-de calhar-vos por vezes a senhora da Bimby ou da Tupperware, o senhor do Círculo de Leitores ou o homem que conta a luz. (E quem vos diz se não estará aqui o par das vossas vidas?)
Um braço estendido em 2011 vai trazer-vos o amor ou uma boleia. Em qualquer dos casos podem ser felizes. Encontrem-se.
Oh God, make me good, but not yet!

27 de dezembro de 2010

a tradição mantém-se

todos os anos nesta semana, milhares de portugueses têm as suas férias, mas os filhos são descarregados na mesma nos infantários. alguém explica?

26 de dezembro de 2010

tenho mau feitio? tenho sim senhores.

mas quando estou pacificamente a leste por ter de interromper (de ver) um dos filmes da minha vida, à lareira, e faço um esforço tremendo por ir ao cinema combinado, apesar das temperaturas quase negativas, e começam a gozar comigo, que tenho mau feitio... pára tudo, que o acordaram.


é por estas e por outras que cada vez menos sou de fretes. quando não apetecer ir, não vou e pronto. grrrr

23 de dezembro de 2010

love actually



a precisar de rever este clássico. Ü

ainda do jantar "em família" de ontem...

j.:então e tens namorado?
eu:não!
j.:mas está para breve, mas tem de ser mais velho, muito mais velho. sim p'ra ti, tem de ser mais velho uns bons anos!

(dito com uma convicção que parecia saber o que estava a dizer, e o que vai acontecer. MEDOOOO =))

o amor

o amor existe. a fidelidade existe. uma familia feliz é possivel. aquelas 6 pessoas fantásticas existem, e parece quase de filme, de tão extraórdinário. quanta felicidade e amor. é uma honra fazer poder testemunhar. é uma delicia concentrar-me só no que o amor pode fazer.

vou dormir mais feliz ( e desde à quase 8 dias antes das 2h, weeeeeeeeeeee)

14 de dezembro de 2010

parabéns princesa

Nélia, a minha pequena afilhada. faz hoje 3 aninhos e vive em inharrime, moçambique.
também tu podes ajudar uma criança por pouco mais de 6€ por mês.

mais informações aqui. atreve-te.

13 de dezembro de 2010

fim

raízes que ficam

[moçambique'10]


pudesse o meu coração (ou sei lá onde se guardam os sentimentos), ser um pedaço de terra, e seria mais fácil extrair pela raíz todos os seres vivos que desejava que apodrecessem sem deixar rasto. extrair sem deixar vestígios, ou deixar apenas uma pequena raíz, que só brotaria novamente se fosse bem alimentada. é que deixar ficar, mesmo sem ser alimentada, vai morrer, e demora muito mais tempo, já para não falar que ficam sempre vestígios, sempre.


mas como não temos um pedaço de terra a guardar as árvores de grandes raízes, e algumas ervas daninhas que teimam em alastrar, tenho de levantar a cabeça, sorrir, e admitir que apesar de tudo sou muito feliz.

11 de dezembro de 2010

eu quero tanto, e preciso de viajar

[daqui]

foi o que eu pedi ao pai natal, uma viagem. e por muito que eu goste de viajar sozinha, e é o que tenho feito, por vezes dá jeito ter alguem conhecido para falar, partilhar e sossegar. já para não falar da cagarolas que sou, e por isso escusado será dizer que de noite nunca me aventuro muito.
já a providenciar o destino nos 5 diazitos na páscoa. paris? barcelona? sugestões?

da esperança

pudesse eu ter nem que fosse uns 5 homens no local de trabalho, e acho que seria uma pessoa/pofissional muito mais feliz e sana. é que estar diariamente com 34 mulheres, com tanto falatório, e corta-casaca, é caso para endoidecer. e por isso com muita pena minha, são colegas de trabalho (salvo uma ou duas excepções), e pouco mais. tenho pena, a sério que sim, mas não dá para mais.

8 de dezembro de 2010

Ojos de Brujo - Memorias Perdidas

de casacão preto, cabelo apanhado, e lenço preto, consigo chegar a sua casa, sobrevivendo a um vendaval que se fazia sentir naquela noite. entre conversas, disse-me: pareces uma ciganita. e perante a minha expressão de: será isso bom (porque acho que há ciganas lindas) ou mau?, ele responde: mas eu gosto!

e a conversa continuou por entre divagações, de coisas que aconteceram no passado, e das quais as memórias se foram perdendo, porque segundo ele, só fica o que realmente foi muito importante, ou o que se vai repetindo, caso contrário, a mente é matreira e acaba por esquecer.
...
no seu mp3, que tocava aleatoriamente, começou esta música.

memórias perdidas, disse ele. e é uma cigana que canta. e docemente sorriu para mim.


querer

[portada de janela*st tropez]

se eu queria muito? um bocadito.
foi difícil? nem por isso.
o que eu quero mesmo? paz e sossego com toda a gente. seja com ele, com ele, ou com eles.

6 de dezembro de 2010

vá de retro, satanás


'... e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal, amén'

4 de dezembro de 2010

ai

desde o momento que acordei, que não páro de pensar na noite que se aproxima. vou dormir num chão gelado. na bagagem levo um colchão do sofá cama, e dois aquecedores, pijama polar, e uma garrafa de licor beirão.

espero sobreviver

grande dia, grande dia, ontem foi um grande dia

29 anos de vida já cá cantam neste corpinho formoso.

amanheci com um telefonema de um também anversariante muito especial. depois, o sol fantástico que me recebeu lá fora, contrariando o frio que se fazia sentir, e o congelamento do sistema do carro (que rapidamente se resolveu).

muitas surpresas e prendinhas no trabalho, e à noite, jantar de família, e uma noite recheada com com os amigos ao quentinho da minha lareira. foi mesmo em grande e fiquei tão feliz de os ter todos aqui comigo. foi de facto muito especial. obrigada a todos.

2 de dezembro de 2010

dias de temporal

agora que o inverno chegou com força aqui à terra, a luz falta constantemente, após grandes sessões de trovoada e granizo a cair com força, até cobrir todo o chão de branco.
hoje, mais uma noite passada à lareira sem fazer nada, porque achamos que a falta de electricidade nos limita a rotina. vida boa é o que é,
é que aqui em casa com tanta modernice, o simples facto de tomar banho, fica limitado sem electricidade, quem manda ter um esquentador eléctrico? só foi possivel quando os senhores da edp passaram aqui por casa, por serem conhecidos, e me parecer que a coisa estava segura, e que não ia ficar com água gelada a meio. e depois pensei, pobres coitados, com este gelo, e tanta chuva, lá andam eles a dar luz ao mundo. é o trabalho deles, bem sei, mas coiso.
e isto tudo porquê? amanhã, lá completo eu mais um dia de vida, e este ano decidi que eu iria confeccionar o meu bolo de aniversário. ora sendo que eu amanhã vou trabalhar, teria de o fazer hoje. comprinhas feitas, entro em casa e falta a luz. agora , que a hora já vai adiantada, e a minha mãe faz tartes para eu levar para o trabalho, os senhores da edp, ao que parece, despediram-se a dizer que daqui a pouco vão cortar novamente a luz.
decididamente parece-me que ainda não será este ano que eu vou fazer..

ai vida dificil. Ü

1 de dezembro de 2010

depois da tempestade...

...fica-se com um computador morto de ataque cardíaco.