seja

2012

foi mais um ano da minha vida. mais um ano que senti não ter evoluído grande coisa, se calhar não fiz por isso. algumas coisitas menos boas, algumas boas. comecei a aceitar-me como sou, a valorizar-me mais, a ser eu primeiro (algumas vezes). tive esperança no amor, desesperancei-me ainda mais depressa. desiludi-me com alguns amigos. foi um ano da amizade posta em causa. arrependo-me de uma ou outra coisa. a consciência continua a minha pior inimiga. a felicidade de ser  tia, abalada dias depois pela impossibilidade de seguir com uma gravidez x3. comecei a correr e já faço 3km, pretendo chegar pelo menos aos 10km. atingi um peso (mais baixo) que não era meu desde o secundário. ri muito, chorei menos do que precisava, fui sendo feliz. venha 2013, e paciência e tolerância para fazer dele mais um ano mais feliz da minha vida.

e então é natal!

tinha saudades de sentir o sol

sei que estou pra lá de cansada

quando sinto dores no corpo, tipo a carne a descolar-se dos ossos (não é bonito de imaginar, mas é mesmo o que sinto), mas o coração sorri, finalmente sinto um bocadinho de Natal.

paz. estar entregue, e entregar os meus pensamentos apenas à familia e amigos, num ritmo que sou eu a estabelecer. Ü

há noites fantásticas

e ontem foi uma delas.

urgente

que assim seja sempre.

20 de dezembro de 2012

O Eremita 

O grande homem é silenciosamente generoso. É genial, mas não exibe o génio. É poderoso, mas não ostenta poder. Socorre a todos, sem precipitação. É puro, mas não vocifera contra os impuros e… sabe admitir que errou.

vou é dormir

estive até agora, 24h, a fazer biscoitos. a ultima fornada saiu assim mais para o escuro. maldito forno novo.

lá vai das sortes, e que sorte eu tenho

ontem aproveitei a hora de almoço para tratar de alguns pormenores para os presentes que estou a fazer. por duas vezes ia batendo no carro da frente. a 2ª foi tão má tão má, que nunca assisti a tal coisa, muito menos ser a autora do fato. eis que a sra a minha frente trava repentinamente, ora eu ia a uns 80km/h é ver-me a travar a fundo, o carro a rabear e todo ele ladeado de fumo. só pensei já foste. a sra da frente acho que se encolheu todinha.

eu não sou muito má condutora, mas ontem estava mais distraída. e sim, tenho consci~encia que podia ter magoado alguém. :S

natal

eu adoro o natal, pela alegria, partilha solidariedade, pelo  amor demonstrado sem receios e sem vergonhas.

mas ando tão cansada, é sempre uma altura de muito trabalho, mas após o pico alto da coisa, fico com uma semana para tratar dos presentes, que como típica portuguesa, deixo arrastar até à ultima.

para os mais próximos faço questão de comprar algo mais especial. para os amigos e restante família faço sempre um miminho, e como são muitos, tenho tido dias pós laborais mais intensos do que seria suposto.

este tempo quete que se faz sentir, a falta de ânimo que se instalou em mim, não me faz sentir o natal como eu queria, como eu gosto.

talvez seja só o cansaço a falar mais alto.

homem que é homem tem de ser...

... humilde.

quando se põem a pavonear é meio caminho andado para perder total interesse.

pormenores

doce?

isto é tão doce, disse a minha mãe com o frasco de nutella numa mão e na outra uma colher cheia da dita, a entrar pela boca adentro.

Ü

num dia da semana passada o meu M. com o seu dedo indicador em riste diz:

d, olha um 'golila'.

parei uns segundos a tentar decifrar, até que olhei para o dedo e tinha uma ranhoca, sapo, macaco, na ponta no dedo. gorila portanto, dado o tamanho da coisa.

o que eles dizem...

...e eu assumo. sou demasiado exigente com algumas coisas na minha vida.

sou sobretudo com as pessoas, com os que me rodeiam, com os que convivem diariamente comigo. gosto de uma certa perfeição, de ter as coisas como idealizo, e como tudo na vida, nem sempre é possível.

hoje dia de corte no cabelo, mais uma vez, extrapolei e gritei interiormente (e exteriormente também, um bocadinho vá) com o resultado final, nunca fica como eu gosto, e acabo sempre arrependida.

agora é deixar crescer, mas só de me lembrar, de ver ao espelho, já fico com ele todinho em pé.

todo um céu negro pairou sobre mim no dia de hoje

eu acho que foi do dia do aniversário. como escrevi, não estou habituada a grandes mimos e demonstrações de carinho. foi um dia muito fértil nesse aspeto, mas ontem, voltou tudo ao normal, voltei a ser transparente, voltei a não ser nada. e por estranho que pareça,eu que não estou habituada e nem sempre consigo aceitá-los muito bem. oh hummm, no fundo sou uma menina mimada.

esta crise que se arrasta Ü

no dia do meu aniversário recebi um telefonema de uma pessoa querida, que vive no estrangeiro, e sempre que me telefona, ou vem cá, uma das perguntas é sempre: então e já há namoradito? mais uma vez a resposta foi negativa. seguiu-se: então e nem uns amigos coloridos? a resposta manteve-se negativa, ao que se soltou.. em portugal está mesmo uma criseeeeee. 

gargalhada de ambas as partes, mas cá dentro sem piadinha nenhuma.

é só mimo.

sou mimada desde sempre. embora tenha uma mãe galinha, nunca foi de muitos mimos,  de passar a mão pela cabeça, de nos 'consolar' e dramatizar quando estamos em baixo. sempre lutou sozinha por mim  e pelo meu irmão, passou muito,  e não admite ter alguém ao seu lado a fazer-se de coitadinho, quase sempre sem motivo, e por isso não mo permite fazer.

isto para dizer, que sem ter muitos mimos físicos  e quem é meu amigo sabe que não sou de o fazer também, abro toda a exceção para os meus pequeninos que cubro de abraços e de beijos, gosto de fazer anos, porque num dia ao ano recebo muita atenção. 

confesso que não sei se teria paciência pra ter muitos dias destes, mas que sabe bem ... lá isso sabe.

e terminar o dia com um 'gosto de ti' de um amigo que já não vejo à uns dois anos, e de quem tenho saudades do seu abraço, soube pla vida. 

agradeço muito tudo o que tenho nesta vida, hoje e sempre. amén

por hoje é isto.

algures no caramulo

declaro aberta a época da choradeira e do coração apertadinho

hoje dei por mim parada na caixa do hipermercado, concentrada nos voluntários do banco alimentar. um aperto no peito pelo meu comodismo por não ser um, a musiquinha natalícia não ajudou nada, e tive de respirar fundo para não saltar uma lágrima. admiro os diferentes tipos de voluntariado, o querer ajudar, o receber tanto mesmo quando o objetivo é o oposto.

e hoje começou o meu mês

adoro o frio de dezembro, dos dias perfeitos de céu azul e bochechas rosa da brisa fresca, gosto da lareira acesa, do chá que sabe melhor, dos chocolates que têm desculpa para serem comidos porque é natal, do Natal em família,  do natal solidário (melhor uns dias no ano, do que nunca no ano inteiro), gosto da emoção que sinto, da nostalgia, das saudades da inocência de ser criança, gosto que as pessoas andem mais tolerantes, gosto da minha família bem juntinha, do mimo que disfarçadamente vou sentindo, da missa do dia de natal, das lágrimas de alegria, do amor, mas não consigo esquecer quem não tem isto tudo, e tão pouco por vezes é o suficiente para dar, para nos darmos.

a 1 dia dos 31, sinto-me pequenina.