29 de outubro de 2011

um poema por dia nem sabe o bem que lhe fazia

súplica


Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz. 
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.

Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.

Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.


miguel torga

Sem comentários:

Enviar um comentário