18 de setembro de 2013

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conheci j. quando ele tinha apenas quase dois anos. até aos seus quase seis anos, passamos quase todos os dias da nossa vida juntinhos, falhavam os fins de semana e as férias, e um ou outro dia que ía para os avós em viseu. nem quando o t. nasceu ficou em casa, só naquele dia, depois de eu ter falado com a mãe, que o j. andava mesmo triste e carente, já não brincava, só queria o meu colo, ficar junto de mim, e o seu sorriso estava quase desaparecido. disse-me do alto dos seus quatro anos: sabes, a mãe passa o dia todo com o t., e quando chego a casa tem de lhe dar banho, e brincar com ele. a angústia que foi para mim, e como transmitir à mãe sem a melindrar? ficou um dia, mas foi só um, mas já deu para tranquilizar um pouco.

ao fim dos nossos anos juntos, foi hora de partir para outra escolinha, agora dos meninos um bocadinho mais crescidos.

passei a partilhar todos os meus dias com o t., e o j. sempre que a mãe o ía buscar primeiro, ainda me pedia colinho. 

entretanto nasceu o p., e após dois anos com o t., este mudou de valência, e eu não pude continuar a segui-lo. agora partilho todos os meus dias com o p.. vou vislumbrando o t. diariamente, e o j. sempre que a mãe o vai buscar primeiro.

na segunda feira, primeiro dia do 3º ano do j. numa escola  nova. ao fim do dia, a mãe foi buscá-lo primeiro. perguntei-lhe como tinha corrido, disse-me que bem. breves segundos depois,em jeito de desabafo, disse que uns meninos lhe tinham batido, e andaram sempre atrás dele. falei com ele,  e tentei tranquilizá-lo, e disse que tinha de falar com a professora. por trás, a mãe, preocupada sussurrou que ele não tinha partilhado nada com ela.

por muito que eu goste que a cumplicidade com o j. continue bem presente, preocupa-me que não consiga estabelece-la com a mãe.

tenho a sorte de acompanhar os seus irmãos também, e acho que para a vida vou querer estar sempre perto deste meu filho do coração.




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