11 de outubro de 2014

do que realmente me faz sentir bem

um dia desta semana ao almoço, lá no trabalho, falava-se de dar ou não gorjetas aos arrumadores de carros. uma colega disse que nunca dava nada a ninguém, outras dependia da situação.

eu falei um pouco do que faço. normalmente, quando volto dou, e dou mesmo. uma ou outra vez dou antes. houve até uma vez que me pediram comida e eu fui fazer o que tinha a fazer, e fui propositadamente às compras e quando cheguei ao estacionamento não estava lá ninguém. fiquei triste. 

geralmente prefiro dar comida a dinheiro. mas também já o recusei, como foi o caso de uma senhora que me pediu comida à entrada de um supermercado e eu disse que sim, como se não bastasse a minha resposta afirmativa, veio o caminho todo até entrar no dito, a dizer: 'dá-me um frango, dá-me um frango' repetiu incansavelmente, até que me deu os nervos e perdi a vergonha tão minha característica e virei-me para trás e gritei-lhe um grande 'não!'. não me orgulho disso, mas ela parou, e eu não dei nada. acho que a humildade deve existir também em quem pede algo, sem exigências cansativas.

ontem umas das colegas presentes na conversa do outro dia, disse-me após o almoço que se tinha lembrado de mim. foi às compras e na porta do super mercado estava uma senhora com um bebé ao colo. ela comprou um pacote de papas e a senhora agradeceu-lhe imenso por já ter comida para a sua criança.

fiquei emocionada por de algum modo ter inspirado aquela miúda a fazer o que fez, a ajudar alguém. 

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